Adeus,
meu amor (sim, porque apesar de tudo continuas a ser o meu amor).
Sinto,
porém, que está na hora de ir e de parar com a batalha inglória que é tentar
que me ames de volta.
Sim,
eu sei que até o dizes, uma e outra vez, mas são meras palavras, sinto bem que
no fundo não sou mais do que um hábito, um conforto, uma mãezinha até.
Não,
chega disso. Já tentei conquistar o teu amor (o real, não esse que debitas como
um papagaio sem o sentir) por todas as formas, mas ou és incapaz de o sentir,
ou não sou a pessoa certa para ti.
Estou
cansada de vir sempre em último para ti, depois do trabalho, dos amigos, do
futebol. Nunca, nunca me puseste, por um instante que fosse, à frente dos teus
próprios interesses.
Enquanto
eu (parva, eu sei), sempre te pus à frente de tudo, inclusive de mim própria.
Talvez tenha sido esse o meu erro, talvez me tenha anulado na ânsia de te
agradar e conquistar, mas nunca fui bem-sucedida.
Por
isso, venho dizer-te: Basta! Não vou mais lutar para te conquistar, não vou
mais viver em função dos teus desejos.
Se
achares que não podes viver sem mim, pensa melhor e repara bem se não podes
suprir essa falta com uma empregada doméstica, os teus amigos e o malfadado
futebol.
Dei-te
demasiado tempo da minha vida, achando que acabaria por conseguir o teu amor
verdadeiro, finalmente percebo que não e que é altura de me afastar, para
sempre.
Não
me procures, deixa-me sofrer e ultrapassar isto em paz. Dá-me espaço para
redescobrir quem sou.
A
(por enquanto) tua
Mariana
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